sábado, 29 de maio de 2010

Acadêmicos começam a explorar os mundos virtuais

Apinhados de criaturas fantásticas como elfos, goblins e trolls, os mundos virtuais estão sendo povoados por novas espécies: antropólogos, sociólogos e outros acadêmicos.

Ao explorarem territórios do RPG on-line World of Warcraft e do Second Life, os estudiosos tentam compreender melhor o mundo real.

Em junho, sai nos EUA "My Life as a Night Elf Priest: An Anthropological Account of World of Warcraft" (Minha vida como um elfo-sacerdote noturno: um tratado antropológico de World of Warcraft), de Bonnie Nardi, que se soma a títulos como "The Warcraft Civilization: Social Science in a Virtual World" (A civilização Warcraft: ciência social em um mundo virtual), do sociólogo William Sims Bainbridge.

FUTURISMO

Bainbridge vê em World of Warcraft um protótipo do destino da civilização --"um verdadeiro futuro humano no qual tribos se envolverão em combates por recursos naturais escassos, formarão alianças com base em interesses mútuos e buscarão uma série de valores que transcendam a necessidade da guerra".

A crescente produção acadêmica sobre o assunto já encontra guarida em um periódico especializado, o "Journal of Virtual Worlds Research" (Periódico de pesquisa sobre mundos virtuais), que, em sua edição mais recente, abriga um artigo sobre comunidades de sadomasoquismo no Second Life.

Por: Rafael Capanema
Folha de S. Paulo

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lucrativo, Second Life continua vivo

Sumido das notícias e dos comentários nas redes sociais, o Second Life continua vivo. Pelo menos é o que diz o cofre da empresa: durante o primeiro trimestre de 2010 as movimentações financeiras entre usuários do serviço bateram recorde: chegaram a US$ 160 milhões, aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Xstreet, loja oficial de complementos para o ambiente virtual, também teve um trimestre em alta, com aumento de 84% em relação ao começo de 2009 e arrecadando US$ 2,3 milhões.
Assim como o FarmVille e outros jogos, Second Life tem uma moeda própria, o Linden Dollar.

Usuários podem comprar Lindens com dinheiro real para torrar com seu alter-ego virtual, e vice-versa: se seu personagem faturar com alguma atividade dentro do jogo, você pode transformar Lindens em dinheiro de verdade. Nesse caso, é cobrada uma taxa sobre as transações financeiras.

De acordo com a empresa, 826 mil internautas acessaram o Second Life em março. Em 2009 o site movimentou o valor de US$ 549 milhões.

Estes e outros dados podem ser encontrados no blog oficial da companhia: blogs.secondlife.com.
(AO)
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Pesquisadores comentam influências dos mundos virtuais
Alexandre Orrico


Metaverso é a terminologia usada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais. O Second Life é um exemplo.

O tema é o foco de um livro que está sendo editado por Nelson Zagalo, professor da Universidade do Minho, em Portugal. "O interesse é perceber qual o alcance comunicativo dos ambientes virtuais e de que modo estes afetam a identidade, a emoção, o entretenimento e a colaboração das pessoas", diz Nelson.

"O que acontece no ciberespaço não é muito diferente daquilo que acontece no mundo real, ao nível de relações sociais. Por isso, games como World of Warcraft podem servir para estabelecer modelos sobre a evolução dos processos sociais", completa o professor.

Zagalo chama ainda a atenção para a facilidade de registro das ações virtuais. "Podemos seguir um jogador 24 horas e ter acesso a todas as suas reações, quantificá-las e procurar padrões de comportamento", explica.

Thiago Falcão, doutorando em cibercultura da UFBA (Universidade Federal da Bahia), teve como objeto de mestrado a modificação da estrutura linguística pelo World of Warcraft.

"Não é raro vermos que jogadores utilizam termos on-line no mundo off-line, com outros significados, como "lol" [que significa risada em inglês] ou "cone" [jogador ruim], o que causa confusão para quem não é do meio", diz Falcão. O pesquisador comenta ainda que o game influencia o comportamento do jogador no mundo real, "mas a interferência não é maior do que outro meio de comunicação", ressalta.
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Estudos sobre Mundos Virtuais

WORLD OF WARCRAFT
The Warcraft Civilization: Social Science in a Virtual World (A civilização Warcraft: ciência social em um mundo virtual, 2010)
William Sims Bainbridge
EDITORA The MIT Press
QUANTO US$ 18,45 (256 págs.)
ONDE www.amazon.com
Segundo o autor, World of Warcraft pode ser visto como um protótipo do futuro, no qual tribos se envolverão em combates por recursos naturais escassos e formarão alianças com base em interesses mútuos.

WORLD OF WARCRAFT
World of Warcraft and Philosophy (World of Warcraft e filosofia, 2009)
Luke Cuddy e John Nordlinger
EDITORA Open Court
QUANTO US$ 13,57 (288 págs.)
ONDE www.amazon.com

Em ensaios de filósofos, o livro levanta questões como: Quando uma identidade adotada se torna real? Quais são os perigos quando a vida real é invadida por acontecimentos no jogo? O que o nosso mundo pode aprender da mistura entre primitivismo e alta tecnologia?

WORLD OF WARCRAFT
Digital Culture, Play, and Identity: A World of Warcraft Reader (Cultura digital, jogo e identidade: uma compilação de World of Warcraft, 2008)
Hilde G. Corneliussen e Jill Walker Rettberg
EDITORA The MIT Press
QUANTO US$ 21,09 (304 págs.)
ONDE www.amazon.com

O livro examina formas pelas quais o jogo reflete o mundo real, tratando World of Warcraft como um "conto de fadas capitalista" e analisando sua geografia, sua mitologia e sua narrativa.

MUNDOS VIRTUAIS
Journal of Virtual Worlds Research (Periódico de pesquisa sobre mundos virtuais)
Jeremiah Spence (editor-chefe)
EDITORA Virtual Worlds Institute
QUANTO gratuito
ONDE jvwresearch.org

A edição mais recente, sobre economias virtuais, bens virtuais e entrega de serviços em mundos virtuais, reúne acadêmicos, usuários, jornalistas e até um estudante de primeiro grau dos EUA. Entre os artigos está um de Shaowen Bardzell sobre sadomasoquismo no Second Life.

SECOND LIFE
Second Lives: A Journey Through Virtual Worlds (Segundas vidas: uma jornada pelos mundos virtuais, 2008)
Tim Guest
EDITORA Random House
QUANTO a partir de US$ 4,79 (288 págs.)
ONDE www.amazon.com

O autor fala com pessoas que encontraram amores e amizades no Second Life, trata de empresas presentes no mundo virtual e viaja para a Coreia do Sul para testemunhar o fenômeno no país.

SECOND LIFE
Coming of Age in Second Life: An Anthropologist Explores the Virtually Human (Início de uma era no Second Life: um antropólogo explora o virtualmente humano, 2008)
Tom Boellstorff
EDITORA Princeton University
QUANTO US$ 29,06 (336 págs.)
ONDE www.amazon.com

O estudo pretende mostrar como mundos virtuais podem mudar ideias sobre identidade e sociedade, estudando questões de gênero, raça, sexo, dinheiro conflito e comportamento antissocial.

Fonte: Da Redação - Folha de S. Paulo

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Curso Second Life para iniciantes - Turma 09

Como já é de conhecimento de algumas pessoas, a Ilha do Empreendedor (espaço do SEBRAE no Second Life) oferece o curso Second Life completo para iniciantes. Trata-se de um curso gratuito e certificado pelo SEBRAE. Nesta semana foram definidas as datas para a próxima turma (turma 09), que estará com inscrições abertas a partir do dia 28/05/10.

Abaixo mais informações a respeito do curso.

Início: 23/06/10
Término: 11/08/10
Um encontro por semana: sempre nas quartas-feiras
Horário: das 18 às 20 horas (horário de Brasília)
Inscrições: a partir do dia 28/05/10, na Ilha do Empreendedor

Programa do curso:

1.
Histórico do Second Life
2. Configurações mínimas
3. Efetuando o download
4. O que é o Second Life
5. Glossário
6. As barras de ferramentas
7. Vivendo no Second Life
8. Preenchendo o profile
9. Comunicação por chat de texto
10. Comunicação por IM (Instant Message)
11. Adicionando amigos
12. Fazendo buscas
13. Configurando áudio e vídeo
14. Configurando o voice chat
15. Editando outras preferências
16. Fazendo uploads
17. Controles de câmera
18. Personalizando a aparência
19. Acoplando objetos
20. Desacoplando objetos
21. HUDs (Heads-Up Displays)
22. Gestos
23. Administrando o inventário
24. Ferramentas de edição
25. Grupos
26. Captura de tela

Para mais informações, converse com o avatar Empreendedor Mighty na Ilha do Empreendedor, de segunda a sexta-feira, das 11 às 20 horas (horário de Brasília).

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Há guerra imobiliária no mundo virtual do Second Life

Foram modificadas condições de utilização dos terrenos da plataforma. Proprietários contestam em tribunal direitos sobre propriedade digital

A empresa que lidera a vida paralela do Second Life alterou as condições de utilização da plataforma ao limitar os poderes dos internautas sobre as suas propriedades digitais. A reacção não se fez esperar e os proprietários de alguns terrenos virtuais reclamaram direitos nos tribunais dos EUA.

É que, agora, ao adquirir um terreno virtual os internautas obtêm «uma licença limitada no acesso e emprego de determinadas funcionalidades do serviço associadas à Terra Virtual presente nos nossos servidores», adverte a companhia, citada pelo «El País».

A moeda virtual Linden Dollars, convertível em dinheiro a sério, possibilitou a criação de regiões virtuais por muitos dos utilizadores do Second Life. Os espaços são utilizados para arrendamentos ou para publicidade. Mas agora os proprietários correm o risco de ver cair por terra os seus «negócios».

As alterações efectuadas em Abril passado fizeram um grupo de proprietários de Filadélfia apresentar uma queixa a sério, invocando as leis que protegem os consumidores na Califórnia, isto porque a sede da empresa do Second Life é em S. Francisco.

Os internautas exigem uma indemnização de cinco milhões de dólares e o reconhecimento da propriedade plena sobre as parcelas virtuais que detêm.

Fonte: Agência Financeira

terça-feira, 4 de maio de 2010

Portal IEA

Para quem ainda não me conhece, meu nome ‘real’ é Rodrigo Gecelka da Silva e sou representado no Second Life pelo Empreendedor Mighty. Além de administrador e atendente da Ilha do Empreendedor (espaço do SEBRAE no Second Life), também trabalho com a equipe de orientação educacional do IEA – Instituto de Estudos Avançados, um centro de soluções na área de Educação à Distância, Inteligência Competitiva e Comunicação Digital.

O IEA desenvolve projetos em parceria com instituições do Brasil e do exterior, promovendo programas de formação, produtos didáticos para e-learning, consultorias e soluções em inteligência competitiva e informação, além de cursos e seminários presenciais e à distância.

Para disseminar informações na área de Educação à Distância e Gestão da informação para a construção do conhecimento, o IEA criou um Portal que tem como objetivo montar uma comunidade com notícias atualizadas, artigos e discussões. Desde o início deste mês a atualização do Portal está sob minha responsabilidade e por isso convido a todos a visitar o Portal IEA no site www.iea.org.br, se cadastrar e participar de todas as discussões envolvendo, principalmente, temas voltados a Educação a Distância.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Usuários processam 'Second Life' por pedaço de terra virtual

Eles afirmam que empresa mudou os termos do acordo. Foi usado dinheiro de verdade para comprar casas e itens.

Um grupo de usuários do “Second life” está processando o criador da rede social, Philip Rosedale, por conta de um pedaço de terra virtual. Eles alegam que seu contrato de posse das terras foi alterado e que a mudança constitui fraude e viola as leis de proteção ao consumidor do estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

No mundo virtual, esses usuários investem quantias razoáveis em terrenos e casas, que conseguem criar um negócio com vendas e alugueis de casas, por exemplo. Embora a economia do “Second life” seja virtual, ela se baseia em dinheiro real.

Os usuários afirmam que a empresa Linden Labs e seu fundador os persuadiram a investir e a pagar uma “taxa de propriedade” com a promessa de que eles seriam os donos de um pedaço de terra virtual. Eles dizem que os termos de serviço mudaram sem seu conhecimento e sem sua autorização. A empresa alega que estes pedaços de terra e o que foi construído neles (mesmo com o dinheiro real dos usuários) pertencem à empresa.

Caso não aceite a mudança nos termos, o usuário fica impossibilitado de acessar o mundo do “Second life” e suas construções. O grupo alega também que a Linden Labs bloqueou algumas contas ou apagou ou converteu dinheiro de verdade ou posses desses usuários sem sua autorização.

Fonte: G1 - São Paulo.