No dia 17/11/2009 aconteceu a última aula do curso de criação de conteúdo para o Second Life (avançado), do qual eu também participei. De acordo com a metologia do professor Halisson Usher (SL), logo no início do curso foram criados grupos de no máximo 4 alunos para a elaboração do trabalho final. E este último encontro foi reservado para a apresentação dos trabalhos que os grupos elaboraram ao longo do curso. Foram trabalhos excelentes e estou disponibilizando alguns aqui.
O objetivo deste blog é divulgar novidades e eventos que acontecem no Second Life voltados para a educação. Também serão relacionados assuntos relevantes do Sebrae no Second Life.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
A Web 2.0 muda os processos de aprendizagem?
Venho ao longo dos últimos 15 anos pesquisando sobre como as instituições educacionais podem promover e facilitar os processos de aprendizagem. Mas especificamente nos últimos 8 anos, minha pesquisa voltou-se para como tudo isso pode ser favorecido por meio das tecnologias de informação e comunicação.
Inicialmente observava nas iniciativas da educação à distância a dificuldade de implantar metodologias eficientes. O que se tinha era basicamente uma tentativa de reprodução do ensino convencional. Sendo ainda o ensino brasileiro bastante comportamentalista, não era difícil observar isso refletido nos cursos à distância.
Mesmo a partir da década de 90, onde ganhamos com a Internet um espaço diferenciado para desenvolver esta modalidade educacional, o que se viu foi mais uma vez uma reprodução de conteúdos e atividades tal qual se via no modelo presencial. O que seria diferente então? Neste caso, somente o meio pelo qual o conteúdo chegava às pessoas.
Porém, equipes multidisciplinares no mundo todo começaram a discutir seriamente o assunto, ao perceber que as tecnologias por si só não mudariam os rumos da educação. Precisava muito mais que excelentes ambientes virtuais de aprendizagem.
Foi nesta reflexão que se construíram metodologias mais adequadas e muitas delas baseadas fortemente nas teorias de aprendizagem da linha cognitivista apoiadas pelos estudos da andragogia.
Assim, ao definir-se um curso mediatizado por tecnologias, algumas perguntas tornaram-se muito importantes como: Quem são as pessoas que vamos formar, o que elas já sabem sobre o que vamos falar e o que elas não sabem? Como elas aprenderam a aprender? Quais seus estilos cognitivos? Que competências essas pessoas precisam desenvolver?
Essas perguntas começaram a fazer a diferença em muitas instituições de educação à distância, uma vez que as pesquisas de impacto mostravam resultados melhores do que aquelas que continuavam repetindo o modelo convencional de ensino.
E agora, o que muda com as possibilidades de interação da web 2.0? Sabemos que as teorias de aprendizagem cognitivistas e a própria andragogia defendem que os processos de interação são ricos aliados na construção de conhecimentos. Assim temos na web 2.0 todo um conjunto de recursos para promover situações de interações. Porém, mais uma vez não podemos esquecer que não serão as ferramentas que farão a diferença e sim o uso que faremos delas.
Temos de lembrar, também, que situações de interação criadas precisam de pessoas desejosas a interagir. Todavia, ainda temos uma cultura muito forte de uma aprendizagem passiva, que foi incutida nas pessoas desde tenra idade.
Isso nos mostra que o desafio vai além de tecnologias e também das metodologias. Há que se levar às pessoas a refletirem seus esquemas mentais, a entenderem a importância e os ganhos que terão ao participarem de processos interativos. Podemos dizer que é uma mudança cultural de como as pessoas aprenderam a aprender. Falar em mudança de cultura é mexer fortemente em crenças e verdades. Deu para perceber o desafio que temos nas mãos?
Mas penso que o fato de estarmos aqui refletindo sobre isso, já mostra que o caminho está aberto e que pesquisadores como eu e como você, leitor, podem contribuir para que a geração de nativos digitais e a de não-nativos possa crescentemente entender e assim usufruir das possibilidades educacionais da Web 2.0.
*Rita Guarezi é diretora superintendente do IEA – Instituto de Estudos Avançados. Pedagoga com especialização em Metodologia do Ensino e Gestão de Informática na Educação e doutora em Engenharia de Produção Mídia e Conhecimento.
Mesmo a partir da década de 90, onde ganhamos com a Internet um espaço diferenciado para desenvolver esta modalidade educacional, o que se viu foi mais uma vez uma reprodução de conteúdos e atividades tal qual se via no modelo presencial. O que seria diferente então? Neste caso, somente o meio pelo qual o conteúdo chegava às pessoas.
Porém, equipes multidisciplinares no mundo todo começaram a discutir seriamente o assunto, ao perceber que as tecnologias por si só não mudariam os rumos da educação. Precisava muito mais que excelentes ambientes virtuais de aprendizagem.
Foi nesta reflexão que se construíram metodologias mais adequadas e muitas delas baseadas fortemente nas teorias de aprendizagem da linha cognitivista apoiadas pelos estudos da andragogia.
Assim, ao definir-se um curso mediatizado por tecnologias, algumas perguntas tornaram-se muito importantes como: Quem são as pessoas que vamos formar, o que elas já sabem sobre o que vamos falar e o que elas não sabem? Como elas aprenderam a aprender? Quais seus estilos cognitivos? Que competências essas pessoas precisam desenvolver?
Essas perguntas começaram a fazer a diferença em muitas instituições de educação à distância, uma vez que as pesquisas de impacto mostravam resultados melhores do que aquelas que continuavam repetindo o modelo convencional de ensino.
E agora, o que muda com as possibilidades de interação da web 2.0? Sabemos que as teorias de aprendizagem cognitivistas e a própria andragogia defendem que os processos de interação são ricos aliados na construção de conhecimentos. Assim temos na web 2.0 todo um conjunto de recursos para promover situações de interações. Porém, mais uma vez não podemos esquecer que não serão as ferramentas que farão a diferença e sim o uso que faremos delas.
Temos de lembrar, também, que situações de interação criadas precisam de pessoas desejosas a interagir. Todavia, ainda temos uma cultura muito forte de uma aprendizagem passiva, que foi incutida nas pessoas desde tenra idade.
Isso nos mostra que o desafio vai além de tecnologias e também das metodologias. Há que se levar às pessoas a refletirem seus esquemas mentais, a entenderem a importância e os ganhos que terão ao participarem de processos interativos. Podemos dizer que é uma mudança cultural de como as pessoas aprenderam a aprender. Falar em mudança de cultura é mexer fortemente em crenças e verdades. Deu para perceber o desafio que temos nas mãos?
Mas penso que o fato de estarmos aqui refletindo sobre isso, já mostra que o caminho está aberto e que pesquisadores como eu e como você, leitor, podem contribuir para que a geração de nativos digitais e a de não-nativos possa crescentemente entender e assim usufruir das possibilidades educacionais da Web 2.0.
*Rita Guarezi é diretora superintendente do IEA – Instituto de Estudos Avançados. Pedagoga com especialização em Metodologia do Ensino e Gestão de Informática na Educação e doutora em Engenharia de Produção Mídia e Conhecimento.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Estatísticas sobre o Second Life no terceiro trimestre de 2009
A cada final de trimestre, a Linden Lab, criadora do Second Life, divulga dados detalhados sobre o Second Life no seu blog oficial. E foi divulgado recentemente os dados referentes ao terceiro trimestre de 2009. Entre outros, foram publicados gráficos comparativos com o mesmo período do ano de 2008. Para acessar o blog oficial do Second Life, clique aqui.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Amanhã, das 8 as 12 horas, ministrarei o mini-curso "Second Life como ambiente de interação e aprendizagem". O mini-curso faz parte da programação dos eventos ICBL e Conahpa, que acontecerão simultaneamente na Universidade Federal de Santa Catarina entre os dias 5 e 7 de novembro.
Também, durante a realização dos eventos, apresentarei os artigos "Second Life e tecnologias: o desafio enfrentado pela terceira idade" e "Aquisição de conhecimento no Second Life: impressões de um grupo de estudantes de pós-graduação". Sendo assim, me ausentarei do Second Life durante este período.
Também, durante a realização dos eventos, apresentarei os artigos "Second Life e tecnologias: o desafio enfrentado pela terceira idade" e "Aquisição de conhecimento no Second Life: impressões de um grupo de estudantes de pós-graduação". Sendo assim, me ausentarei do Second Life durante este período.
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