Apinhados de criaturas fantásticas como elfos, goblins e trolls, os mundos virtuais estão sendo povoados por novas espécies: antropólogos, sociólogos e outros acadêmicos.
Ao explorarem territórios do RPG on-line World of Warcraft e do Second Life, os estudiosos tentam compreender melhor o mundo real.
Em junho, sai nos EUA "My Life as a Night Elf Priest: An Anthropological Account of World of Warcraft" (Minha vida como um elfo-sacerdote noturno: um tratado antropológico de World of Warcraft), de Bonnie Nardi, que se soma a títulos como "The Warcraft Civilization: Social Science in a Virtual World" (A civilização Warcraft: ciência social em um mundo virtual), do sociólogo William Sims Bainbridge.
FUTURISMO
Bainbridge vê em World of Warcraft um protótipo do destino da civilização --"um verdadeiro futuro humano no qual tribos se envolverão em combates por recursos naturais escassos, formarão alianças com base em interesses mútuos e buscarão uma série de valores que transcendam a necessidade da guerra".
A crescente produção acadêmica sobre o assunto já encontra guarida em um periódico especializado, o "Journal of Virtual Worlds Research" (Periódico de pesquisa sobre mundos virtuais), que, em sua edição mais recente, abriga um artigo sobre comunidades de sadomasoquismo no Second Life.
Por: Rafael Capanema
Folha de S. Paulo
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