quinta-feira, 31 de julho de 2008

Second Life pode ser o novo espaço para bibliotecas virtuais

O canadense Nicholas Cop, radicado no estado da Flórida, nos Estados Unidos, acredita que o ambiente virtual Second Life permitirá novas formas de acesso livre ao conhecimento e a processos de educação a distancia. Palestrante do 2º Seminário de Informação na Internet, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCT), Nicholas Cop, que é proprietário da Nicholas Cop Consulting, empresa que fornece orientações a entidades públicas ou privadas sobre bibliotecas, repositórios institucionais e tecnologias na Web 2.0, afirma que a criação de bibliotecas virtuais no Second Life pode simplificar o acesso dos usuários às informações do mundo inteiro, aproximar bibliotecários dos consumidores finais, automatizar e agilizar o atendimento e customizar os serviços prestados.

Doutor em Física Nuclear, Nicholas Cop diz que já existem várias iniciativas nos Estados Unidos de inserção de bibliotecas virtuais no Second Life. Nestas experiências, organizações sociais criam espaços interativos onde os usuários percorrem bibliotecas virtuais, caminhando entre prateleiras de e-books ou consultando terminais com links para respositórios digitais. A grande vantagem é que os usuários podem ter acesso livre a bancos de dados das bibliotecas virtuais criadas por todo o mundo sem sair de casa, com a ampliação do acesso ao universo de informações e aos livros digitais disponíveis.

Do mesmo modo, Nicholas Cop imagina a instalação de salas de aula virtuais onde cidadãos podem entrar no Second Life e assistir aulas virtuais com um professor virtual. Tanto o usuário quanto o professor estão, na verdade, em suas casas, mas a simulação da aula no mundo virtual pode reproduzir a situação de uma sala de aula real, com cadeiras, púlpitos e telas de projeção. “A interatividade e a aparência de realidade são totais. Os alunos vêem o professor, que por sua vez também pode falar diretamente para seus alunos”, explica ele.
Nas bibliotecas, a mesma situação pode acontecer. Os usuários visualizam e conversam com os bibliotecários, embora tudo não passe de uma cena virtual. Toda a estrutura e a organização da biblioteca reproduz as instalações das bibliotecas reais. “Na verdade, o Second Life é mais uma ferramenta para viabilizar o acesso livre dos cidadãos ao conhecimento. Ainda não é a solução definitiva, mas pode ser uma bela experiência de como poderá ser o futuro do uso de bibliotecas”.

Assessoria de Comunicação Social do IBICT

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